O lixo tecnológico ou eletrônico possui uma grande quantidade de substâncias prejudiciais ao ambiente e ao homem. Neste artigo procuro trazer o resultado de minhas pesquisas sobre o assunto, incluindo soluções e dicas do que podemos fazer para amenizar o problema. | |
Aparentemente estas duas palavras (lixo e tecnologia) não tem muito a ver uma com a outra, ou quando tem é no melhor dos sentidos, ou seja, no sentido de algum tipo de tecnologia que trate ou dê destino adequado para o lixo. Porém estou querendo me referir ao sentido ruim que, juntas, podem formar. O sentido de que a tecnologia que utilizamos todos os dias vira lixo. Porque?
E nos enganamos redondamente pensando que são apenas os equipamentos de alta tecnologia como computadores, câmeras e celulares que poluem o ambiente. Rádios, tv's, aparelhos de som, aparelhos elétricos, lâmpadas eletrônicas e etc. também contém inúmeros elementos altamente poluentes. |
O lixo eletrônico é uma preocupação cada vez maior da indústria e da sociedade. Estima-se que esse tipo de resíduo é um dos componentes de maior e mais rápido crescimento do lixo global. Só para se ter uma ideia de quão perturbadora é a história: a cada ano são gerados, no mundo, 50 milhões de toneladas de lixo tecnológico, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Caso o volume fosse dividido entre os contêineres de um trem, seus vagões, superlotados, dariam uma volta ao redor do mundo.
Como se vê, o problema é muito sério e já vem sendo denunciado por entidades de defesa do meio ambiente há muitos anos. O lixo eletrônico, principalmente, tornou-se uma questão urgente para o mundo todo, assim como seu descarte. O que fazer com a tralha que empresas e usuários jogam no meio ambiente? Que fim dar a tanto material tóxico? Como criar programas de reciclagem de equipamentos que contêm tanto material nocivo ao planeta?
Segundo informações da Organização das Nações Unidas (ONU), são 96,8 mil toneladas de computadores que vão para o lixo, anualmente, no país. Cysneiros afirmou que a associação quer implementar nos municípios do Rio de Janeiro um sistema de coleta e reciclagem específico para todo o lixo eletrônico.
Apesar dos problemas, algumas soluções já despontam. Empresas especializadas em montagem de computadores estão reaproveitando peças antigas para montar computadores e revender para setores que não necessitam de grande poder de processamento para atuar. Empresas pequenas ou no início de suas atividades também podem adquirir computadores reciclados.
Como sugestão, Cysneiros lembrou a necessidade de haver postos de coleta espalhados pelas cidades ou um serviço de coleta específico. A proposta prevê a instalação de galpões, onde cooperativas treinadas se incumbiriam de proceder à desmontagem e ao reaproveitamento das máquinas. As cooperativas devem ser cadastradas e homologadas pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
Mas o que nós podemos fazer, afinal?
Esta é a pergunta chave, o que podemos fazer?Bom, ela envolve muitas iniciativas e vai além do listado abaixo, mas vou citar algumas que acredito serem relevantes:
- Pare de se render ao apelo do mercado: Trocar de celular ou de computador todo ano (a não ser que seja estritamente necessário para o seu trabalho) não faz o menor sentido se ele estiver funcionando e servindo às suas necessidades! Você evita gastar dinheiro e evita poluir o meio ambiente;
- Seu computador está muito lento? Compre um novo mas doe o seu antigo para uma pessoa que precisa dele, um amigo, uma instituição etc;
- Estenda a vida útil de seus equipamentos. No caso dos computadores, por exemplo, muitas vezes a lentidão se deve aos arquivos perdidos e “lixo” deixado pelo sistema operacional. Os vírus também podem deixar seu computador lento. Uma solução seria fazer um backup de seus arquivos e depois formatar o computador, reinstalando novamente o sistema operacional. Passar um anti-vírus antes de formatar a máquina pode resolver o problema sem a necessidade da formatação;
- Você também pode utilizar sites de troca para fazer aquele chamado “rolo”;
- Venda seu computador ou as peças separadamente (no caso de desktops pode-se vender separadamente a CPU, o monitor, teclado, mouse, caixas de som ou mesmo as peças individualmente, caso você tenha algum conhecimento em hardware), que seja por um preço mínimo, mas que alguém possa reaproveita-lo. Sites de leilão também pode ser uma boa;
- Bateria: Nokia, Gradiente, Siemens e Motorola têm urnas em todas as lojas das operadoras e oficinas autorizadas para o descarte das baterias . O Banco Real também recebe pilas e baterias usadas em suas agências bancárias;
- Muitas empresas fabricantes de eletrônicos e operadoras de celular já recebem de volta os aparelhos usados. Ligue para a sua operadora e se informe ou mesmo na loja em que adquirir seu novo equipamento;
- Utilize como critério de compra, além do preço, a responsabilidade que a empresa assume com o meio ambiente;
Conclusão
Apesar do descaso e da falta de conhecimento, o lixo eletrônico não é menos nocivo do que o lixo dito convencional, pelo contrário, ele é ainda mais poluente devido a inúmera quantidade de elementos altamente nocivos quando lançados indiscriminadamente na natureza. Estes poluente estão presentes especialmente nas baterias e capacitores, dispositivos que armazenam energia.O primeiro passo para a melhora do atual quadro é se conscientizar sobre o problema, já que não podemos fazer nada com respeito a algo que nem sabemos que existe, não é ?!
Depois desta fase inicial devemos procurar meios de amenizar o problema, seja pelo controle no consumo destes equipamentos, seja pelo correto encaminhamento destes quando não os queremos mais.
A atitude final a ser adotada seria incentivar as empresas que fabricam produtos com menor impacto serem contempladas na hora da compra, ou aquelas que se comprometem em recolher o equipamento antigo.
Assim estaremos caminhado para uma civilização realmente avançada, que trata seu lixo e o reaproveita, e não simplesmente despeja o que não serve mais em qualquer lugar.
Divulgue esta idéia.
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